Marie Modiano é cantora e atriz. Filha do escritor francês Patrick Modiano – um dos maiores autores franceses dos 30 últimos anos, infelizmente pouco publicado no Brasil –, ela começou sua carreira no teatro entre a França e a Inglaterra, após ter sido aluna da Royal Academy of Dramatic Art de Londres.
Em 2004, lançou seu primeiro disco, intitulado I´m Not a Rose, que lhe valeu boas resenhas na imprensa francesa, e o interesse de certo público cativo.
Outland confirma com toda evidência as impressões deixadas pelo primeiro trabalho. São 12 canções, cantadas em inglês, em que Marie Modiano cria personagens, conta pequenas histórias, em ambientes intimistas, com algumas referências literárias, que de certa forma se espelham no estilo e nos climas dos livros do pai.
Os arranjos de Peter von Poehl, músico sueco que, entre outros, já trabalhou com Michel Houellebecq e Vincent Delerm, dão às canções um ambiente folk-indie, na linha de outros artistas nórdicos como Kings of Convenience ou ainda o islandês Bardi Johannsson, da banda Bang Gang. O uso de instrumentos acústicos, violões, piano, mas também de sopros e cordas – como na genial “Butterfly Girl” –, remete a trabalhos recentes, como o CD Seventh Tree de Goldfrapp. Por sua vez, a voz de Marie Modiano, com certo grave, cria um clima intimista, próximo do ouvinte, digno das melhores gravações de Marianne Faithfull.
Os arranjos de Peter von Poehl, músico sueco que, entre outros, já trabalhou com Michel Houellebecq e Vincent Delerm, dão às canções um ambiente folk-indie, na linha de outros artistas nórdicos como Kings of Convenience ou ainda o islandês Bardi Johannsson, da banda Bang Gang. O uso de instrumentos acústicos, violões, piano, mas também de sopros e cordas – como na genial “Butterfly Girl” –, remete a trabalhos recentes, como o CD Seventh Tree de Goldfrapp. Por sua vez, a voz de Marie Modiano, com certo grave, cria um clima intimista, próximo do ouvinte, digno das melhores gravações de Marianne Faithfull.
Por isso, Outland, embora de 2008, acaba por se tornar uma das melhores descobertas que fiz até agora em 2009. Isso prova, mais uma vez, que não podemos dar ouvidos ao imediatismo ambiente, amplamente sustentado pelos meios de comunicação ou de divulgação, e que nos leva facilmente a crer que música é algo para conhecer, assimilar, julgar e cuspir assim que sair do forno do artista ou da gravadora.
Convido vocês a descobrirem o trabalho da Marie Modiano e notadamente o excelente clipe da canção “Spider’s Touch” no site dela: www.myspace.com/mariemodiano.
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