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quarta-feira, 10 de junho de 2009

Coup de cœur à Marc Collin

Marc Collin é arranjador e produtor, junto com Olivier Libaux, do Nouvelle Vague, grupo que está lançando este mês seu 3º opus, com a participação especial de músicos convidados, como Martin Gore, do grupo Depeche Mode; Ian McCulloch, do Echo and the Bunnymen; e Terry Hall, dos Specials.

Nouvelle Vague é um projeto artística e comercialmente bem-sucedido de releitura de músicas dos anos 1980, principalmente do repertório punk e new wave, em estilo bossa-nova e acústico. Os dois primeiros CDs, Nouvelle Vague (2004) e Bande à part (2006), venderam cerca de 500.000 cópias e tiveram a participação especial de cantoras que em seguida desenvolveram com sucesso carreira solo, como Camille ou Helena Noguera. O novo disco, intitulado simplesmente 3, segue os padrões dos dois primeiros, mas com a particularidade de ter participação especial de músicos oriundos de bandas cujas músicas constituem o repertório do novo trabalho. Entre as releituras, destacam-se “Master and Servant”, do Depeche Mode; “Road to Nowhere”, dos Talking Heads, ou ainda “God Save the Queen”, dos Sex Pistols.

Marc Collin, assim como Alex Gopher ou Daft Punk, está entre os artistas que, no fim dos anos 1990, fizeram parte da “cena de Versailles”, no movimento de música eletrônica francesa chamado “French Touch”, que teve repercussão mundial com artistas como Air ou Étienne de Crécy, entre outros.

Além do projeto Nouvelle Vague, Collin tem outras produções muito interessantes que remetem a influências pop e jazz, e escreve também trilhas de filmes. Ele se inspira igualmente na cultura dos anos 1960, como mostra o CD Les Pétroleuses (2002) – título homônimo ao de um filme com Brigitte Bardot e Claudia Cardinale –, em que compõe uma trilha sonora imaginária para um filme, que seria ambientado nessa época.

Em 2007, ele compõe e produz o CD Two for the Road, referência direta ao filme de Audrey Hepburn, em que inventa um roteiro narrando a história de um casal com melodias de inspiração eletroacústica. Em 2008, é a vez do ótimo projeto Hollywood, Mon Amour, releitura de músicas de cinema dos anos 1980, na mesma veia dos projetos do grupo Nouvelle Vague, com participação especial de artistas como Yael Naim, Cibelle ou ainda Skye.

Além do lançamento do novo CD de Nouvelle Vague, Marc Collin participa igualmente no excelente CD Private Domain, em que a artista Iko, de formação clássica, faz uma releitura pop e eletrônica de obras clássicas de compositores como Fauré, Monteverdi, Rameau ou Purcell, com participações especiais, entre as quais Emilie Simon e Murcof.

A página MySpace do Nouvelle Vague disponibiliza para escuta várias faixas do novo disco: http://www.myspace.com/nouvellevague

Sobre Hollywood, Mon Amour, visite o site http://www.hollywoodmonamour.com/
com entrevista em que Collin detalha esse projeto.

Algumas faixas do CD Private Domain podem ser ouvidas no site da gravadora Naïve http://en.naive.fr/#/artist/private-domain

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Aviso aos navegantes

A nave Enterprise está de vento sideral em poupa com o filme Star Trek, cujo merecido sucesso (principalmente no mercado norte-americano) ultrapassa todas as expectativas. Embora eu não seja tão apegado a computações de resultados e lucros por serem meramente dados mercantis, não posso deixar de sentir certa satisfação diante da recompensa de um trabalho que soube rejuvenescer da melhor maneira possível esta antiga franquia. Ainda mais se lembrarmos os estragos já cometidos pelos estúdios de Hollywood ao quererem levar à telona clássicos da telinha como Missão: Impossível ou As loucas aventuras de James West, entre outros.

E como uma boa notícia nunca vem sozinha, acaba de ser lançado pela Editora Aleph -
www.alephnet.com.br - o Almanaque Jornada das Estrelas, de Salvador Nogueira e Susana Alexandria, que é o primeiro livro do gênero totalmente concebido e realizado no Brasil.

Esse almanaque é rico em dados, imagens e curiosidades sobre uma das séries de televisão mais conceituadas que já existiu. Além de trazer informações detalhadas sobre as três temporadas da série original, apresenta as personagens principais, conta, por exemplo, como foram concebidos os temidos klingons e romulanos, ou ainda narra a saga da criação das famosas orelhas de Spock.

Há também um capítulo muito rico em detalhes sobre a ida da série para o cinema com informações sobre todos os filmes produzidos, inclusive o último. E não faltam também páginas consagradas às outras séries da franquia.

E para o prazer dos trekkers brasileiros, a cereja do bolo é a primeira edição na língua portuguesa das tiras satíricas do cartunista John Cook, publicadas sob o nome Sev Trek e que, por si sós, tornam a aquisição desse livro algo indispensável.

Finalmente, para consertar uma omissão na postagem que já consagrei a Star Trek neste blog
http://metreno.blogspot.com/search/label/Jornada%20nas%20estrelas , não posso deixar de citar o endereço do site dos trekkers brasucas: http://www.trekbrasilis.org/

sábado, 30 de maio de 2009

A divina comédia - Os monstros, os sádicos e os feirantes

Um carro descontrolado anda de ré, causando pânico em ruas de uma cidade e atropelando pedestres. Nesse carro se encontra um homem com o rosto escondido por uma máscara, as mãos atadas, a boca vedada por uma fita. A tensão aumenta à medida que o carro vai causando mais estragos e que o homem tenta se soltar, sem sucesso.

Os participantes de uma espécie de prova devem percorrer as ruas de uma cidade com as mãos atadas e os olhos vedados, e tentam cegamente escapar de obstáculos (postes, árvores, carros, etc.). Os perdedores (os que caírem ao bater nesses obstáculos) são impiedosamente filmados pelos organizadores do evento por meio de aparelhos celulares.

Uma mulher tenta impedir que seu namorado a deixe. Como suas palavras não bastam, ela o empurra escada abaixo. Depois, quebra a perna dele com um taco de golfe e o joga no chão, na cadeira de rodas em que ele está amarrado. No final, como ele tenta de novo escapar, ela o persegue com um machado.

Estas cenas arrepiantes não são fragmentos de algum pesadelo que eu tivesse tido, mas resumos de videoclipes de artistas tão conceituados quanto Depeche Mode, Pink ou Prodigy. São idênticos na essência, ao mostrar o lado mais sádico do ser humano. Entretanto, não creio que o objetivo desses vídeos seja levar os espectadores a refletirem sobre os meios e os fins do comportamento dos homens. Trata-se apenas de ilustrar músicas com imagens suficientemente “diferentes” para que elas possam se destacar no jorro permanente e estrondoso de informações que a mídia, principalmente a televisão, proporciona.

E não há dúvida nenhuma de que, para os marqueteiros das gravadoras, os artistas e também os profissionais das mídias que as divulgam, estas imagens têm potencial comercial incontestável por se adequarem ao gosto do público atual, motivo pelo qual este tipo de narração é vinculado a artistas de fama e sucesso internacional.

Não pretendo erguer o estandarte do puritanismo ou do moralismo para condenar essas imagens e sua divulgação, mas há que se perguntar se esta forma de representação da violência (e, intrinsecamente, nossa aceitação passiva desta representação) não tem algo de bastante assustador.

A meu ver, estas imagens são infinitamente mais chocantes do que as de filmes maciçamente reprisados pelos canais de TV paga, repletos de vampiros sanguinários, mortos-vivos famintos, sobreviventes mutantes enlouquecidos e outras espécies de monstros peludos, dentuços e selvagens.

Simplesmente pelo fato de estes filmes não terem a mínima camada de verossimilhança, mantém-se certa distância entre o espectador e as cenas mostradas, dentro de um processo ilusório em que o susto constitui um elemento de diversão.

No caso desses clipes, este distanciamento não existe mais, e isso torna o que vemos profundamente chocante. Deixamos o universo dos monstros para alcançar o dos sádicos. E a cada sádico corresponde um masoquista, desta vez o espectador que se deixar fisgar por essas imagens.

E os feirantes lucram muito e cada vez mais com esse tipo de produto, sem que haja a mínima preocupação quanto às consequências das informações difundidas. Assim, se não bastassem clipes no gênero dos citados, a programação de certos canais de TV a cabo apresenta no prime time (vulgo horário nobre – quanta ironia!) filmes tão assustadores quanto Jogos mortais ou O albergue, que são meramente filmes explícitos de torturas físicas e morais.

E se os monstros fazem parte do imaginário coletivo porque remetem a lendas e contos que, sob diferentes formas, existem em todas as culturas, os sádicos fazem parte de nosso cotidiano, em que, diretamente ou indiretamente, sofremos ou acompanhamos pela mídia cenas de violência moral e física, e enfrentamos medos e frustrações.

Porém, não é por meio da “estetização” da violência sádica que a subjugaremos. Pelo contrário, temo que inconscientemente tenhamos alcançado o patamar da banalização do sadismo, ao torná-lo objeto de recreio.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A divina comédia - A sina do ensino



Foi com muito interesse que li, na Folha de SP de 08 de abril, o artigo de Marcelo Coelho sobre o filme Entre os muros da escola, de Laurent Cantet. http://marcelocoelho.folha.blog.uol.com.br/ Esse filme, que conquistou a Palma de Ouro em Cannes em 2008 e fez muito sucesso na França, seu país de origem, expõe sem nenhum disfarce a conturbada relação entre um professor e seus alunos em uma classe de um colégio público do 20º arrondissement (distrito) de Paris. Os conflitos são ainda mais exacerbados porque a classe é multirracial, composta por alunos de diferentes etnias, culturas e religiões (árabes, africanos, antilhanos, asiáticos, além de europeus).

Entretanto, se o sociólogo e jornalista reconhece que “uma política centrada nas ‘diferenças’, nas ‘identidades’ sem dúvida terminaria fragmentando demais a sociedade”, constata também “uma falta assustadora de flexibilidade e de afeto” que “destrói por dentro aquele sistema educacional organizadíssimo – e cego para as necessidades de cada ser humano, aluno ou professor”.

A meu ver, a análise de Coelho não deixa de ser pertinente, embora não contemple todos os fatos históricos e culturais que levam o sistema educacional francês ao colapso apresentado no filme.

É imprescindível lembrar que o ensino fundamental francês é enraizado nos princípios de um sistema educacional laico elaborado no fim do século 19. De fato, vigora até hoje a idéia segundo a qual a escola deve ser “gratuita, laica e obrigatória”, defendida por Jules Ferry, ministro da Educação e presidente do Conselho da Terceira República da França entre 1879 e 1885. Além disso, a “instrução” (e não a “escolarização”) tornou-se obrigatória. Isto é, independentemente do lugar em que estiverem estudando, todas as crianças deverão obrigatoriamente passar pelo funil de um ensinamento padronizado de normas e matérias que incluem, entre outras, a instrução cívica e moral.


No filme de Cantet, podemos perceber o quanto essas regras de padronização do sistema educacional continuam totalmente aplicadas hoje. Assim, o professor parece incapaz de fugir dos moldes e limites do programa educacional obrigatório definido pelo Ministério da Educação, e tenta “ensinar” a poesia de Rimbaud a alunos que mal conseguem se expressar em um francês básico se este não for temperado por gírias e expressões que servem como parâmetros de identificação tribal (ou seja, de alcance ainda menor do que se fossem expressões étnicas) e são totalmente desprovidas da possibilidade de comunicação e/ou intercâmbio com quem não for membro da tribo.

(elenco do filme Entre os muros da escola)

Por outro lado, e como o destacou judiciosamente Coelho, quando se percebe um começo de comunicação, ou seja, quando “uma pequena luz brilha nos olhos do aluno indolente”, mesmo que hesitante, ela é imediatamente apagada pela retórica intragável do sistema educacional e das ferramentas socioeducativas de que se serve o professor. O despertar do interesse nunca será visto ou reconhecido como o primeiro sopro de criatividade ou o primeiro passo de um crescimento individual, mas deverá imediatamente atender à cobrança comportamental do estudante para se tornar bom aluno, isto é, aquele que absorve as informações recebidas – e nelas se espelha – no intuito de apresentar resultados satisfatórios dentro dos critérios acadêmicos de avaliação de desempenho. Esse conceito é invariavelmente destinado a fracassar.Contudo, há de se perguntar se o fracasso do sistema educacional retratado pelo filme é intrinsecamente vinculado ao meio socioeconômico em que se ministra o ensino, ou se podemos generalizar esse insucesso ao sistema como um todo.

É incontestável que os maiores conflitos registrados no sistema educacional francês acontecem principalmente em instituições de ensino que atendem meios socialmente críticos ou se situam em regiões economicamente desfavorecidas. Outros cineastas antes de Cantet narraram as dificuldades e os conflitos vividos por professores e alunos, como, por exemplo, Bertrand Tavernier em Quando tudo começa (1999). Por sua vez, o filme de Cantet mostra de forma clara que a impossibilidade de comunicação que existe entre professor e alunos também é flagrante entre os próprios alunos, e atinge o núcleo familiar desses jovens. Aí a incomunicabilidade se torna um fator agravante porque generalizado, que transborda os muros da escola para atingir a sociedade como um todo. Percebemos muito bem esse problema na cena em que a mãe de um aluno, africana, convocada a comparecer perante o conselho de disciplina da escola que vai decidir sobre a possível expulsão de seu filho, precisa do auxilio desse mesmo filho (ou seja, do acusado) para entender o que lhe está sendo dito e perguntado, pelo simples motivo de que ela não fala uma só palavra de francês (e, por extensão, não entende o que está fazendo nessa reunião, nem a importância sociossimbólica desse conselho dentro da estrutura educacional francesa).


Agora, ao assistirmos ao filme A bela Junie (2008) de Christophe Honoré, não percebemos os mesmos conflitos. Não somente porque o roteiro não trata desse assunto, mas porque a história se passa em um colégio de um dos arrondissements mais ricos da Paris, cujos alunos pertencem todos a famílias de classe A ou B e não parecem ter problema de identificação com os programas de ensino dessa escola, em que são até ministradas aulas de italiano e organizadas viagens culturais internacionais. Dessa forma, mesmo que o filme retrate crises pessoais e existenciais, de modo algum se percebe, entre alunos e professores, qualquer zona de conflito que se fundamente em uma incompreensão das matérias ensinadas ou que seja resultado da impossibilidade de comunicação entre os vários grupos distintos e constitutivos do núcleo escolar em que se desenrola a trama.


Percebemos assim, em outras palavras, que a adequação do sistema educacional às aspirações e metas de determinados grupos socioeconômicos (e, consequentemente, culturais) depende da identificação desses grupos com o formato e o conteúdo do ensino.

Então, a escola que não for dinâmica, flexível e progressista corre o risco de não ser a matriz que servirá para moldar as futuras gerações às necessidades evolutivas da sociedade. Pois a França, por ter-se transformado em uma sociedade multirracial (com a migração em massa de diferentes etnias devido ao fim do colonialismo nos países da África e também em razão dos fatores socioeconômicos da Europa oriental e mais recentemente da Ásia), deve continuar a adequar progressivamente seu sistema educacional para responder às mudanças geradas por essa evolução.

De outro modo, a escola que se tornar uma simples incubadora, cuja função for meramente assegurar a transmissão inabalável, controlada e predeterminada de estigmas socioculturais de identificação de determinado grupo como se fosse uma preciosa herança, acabará por fracassar quando se deparar com algo (ou alguém) fora dos padrões. Consequentemente, quem não pertencer a esse grupo deverá adaptar-se, a todo custo, ou será descartado, porque o maquinário atende padrões determinados pelo grupo dominante.

Dessa maneira, entendemos melhor a origem dos conflitos retratados pelo filme de Cantet, principalmente no que diz respeito à impossibilidade de o professor (e de todo o sistema escolar, nele representado) se comunicar com alunos que são nada menos que os componentes da futura sociedade francesa.

Por outro lado, percebemos no filme o quanto esses componentes da futura sociedade também são contraditórios, fragmentados e geradores de conflitos. E podemos vislumbrar objetivamente os motivos que levam o sistema educacional a não ser tão flexível e evolutivo, como se, pela rigidez que demonstra, fosse o guardião simbólico da coesão nacional.

Portanto, diante da dificuldade de reversão desse quadro ou de soluções que emanem do sistema educacional em si, outras saídas tem sido tentadas. Como acontece de forma cada vez mais corrente não somente na França mas no nível mundial, soluções diferenciadas de educação têm sido encontradas em estruturas nem estatais nem acadêmicas (como associações, ONGs, etc.) que oferecem formas alternativas, flexíveis e poligonais de ensino, mais adequadas às demandas da sociedade plural.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Contagem regressiva...


Em 8 de maio, daqui a exatamente um mês, estreia simultaneamente nos cinemas do Brasil e dos Estados Unidos o novo Jornada nas estrelas. Após certo desgaste da imagem da franquia, que levou os produtores a suspender qualquer outro projeto por alguns anos, o novo filme, dirigido por J. J. Abrams (entre outros, produtor de Lost e diretor de Missão: impossível III), promete surpreender tanto pelo aspecto visual, com incríveis efeitos especiais, como pelo fato de ser uma prequel ou gênese da primeira série televisiva, que pretende narrar a iniciação de James T. Kirk na Academia da Frota Estelar e as aventuras que fizeram com que se tornasse capitão da nave USS Enterprise.

Obviamente, não faltarão também os demais membros da tripulação original, como Spock, o Dr. Leonard McCoy e a bela Uhura. Como fã de carteirinha da franquia, eu não podia deixar de anunciar essa contagem regressiva, e estou torcendo para que o filme seja um êxito, dando início a novas sequências e séries!


Para maiores informações, nada melhor que o site oficial do filme com trailers, inclusive em formato HD, galeria de fotos, etc.: http://www.startrekmovie.com/
Vida longa e prosperidade!

sábado, 21 de março de 2009

Sous le soleil exactement


O 31º Festival de films de femmes, que se encerra neste final de semana em Créteil, perto de Paris, homenageou a atriz Anna Karina com a retrospectiva de alguns de seus filmes mais marcantes, entre os quais uns dos mais importantes do diretor Jean-Luc Godard, com quem ficou casada por seis anos, como O Pequeno Soldado (1960), Viver a vida (1962), Banda à parte (1964), e O Demônio das 11 horas (1965).

Nascida em Copenhagen, na Dinamarca, Hanne Karin Blarke Bayer ficou conhecida como Anna Karina (nome que lhe foi dado por ninguém menos que Coco Chanel) e tornou-se a musa da Nouvelle Vague, embora nunca tenha trabalhado com alguns dos mais famosos representantes desta corrente cinematográfica, como Truffaut, Demy ou ainda Chabrol. Chegou à França no fim dos anos 1950, na esperança de fazer carreira como modelo, e logo foi chamada para atuar em vários filmes, ainda que fosse menor de idade e não falasse quase nada de francês!

Embora seus trabalhos mais marcantes no cinema se situem principalmente nos anos 1960, Anna Karina nunca parou de atuar. Entre seus filmes mais conhecidos estão Cléo das 5 às 7 de Agnès Varda (1962), Alphaville de Godard (1965) e A religiosa de Jacques Rivette (1966), proibido na França na época por decisão de André Malraux, então ministro da Cultura, e Vivre ensemble (1972), que ela mesma dirigiu. Vale a pena também conhecer seu trabalho como cantora, principalmente pelas canções do filme musical Anna de Pierre Koralnik (1967), compostas por Serge Gainsbourg, e em que dividiu a tela com Jean-Claude Brialy, e pelo CD Une histoire d'amour (2000), produzido pelo compositor e cantor Philippe Katerine.

Para maiores detalhes, basta seguir o link do Festival http://www.filmsdefemmes.com/Anna-Karina.html
Quem quiser saber mais sobre esta atriz http://www.geocities.com/annakarinawebpage/
e os filmes disponíveis no Brasil podem ser encontrados na http://www.2001video.com.br/