Melody Gardot nasceu em New Jersey, em 1985. Em 2004, ainda estudante, foi vítima de um grave acidente de trânsito que a obrigou a ficar hospitalizada por alguns meses e lhe deixou sequelas permanentes. Durante sua hospitalização, e como terapia, ela desenvolveu um gosto natural pela composição musical, e ao receber alta, gravou seu 1º EP, Some Lessons. Em 2007 viria o aclamado disco de estréia, Worissome Heart, produção independente que, diante do sucesso, acabaria sendo relançada pela Verve.
My One and Only Thrill é joia rara. É um disco que, ao nascer, já se tornou clássico. Nesse trabalho, as influências de Gardot se encontram reunidas em uma junção impecável entre o cool jazz, o blues mais introspectivo e a chanson. O disco apresenta, entre outras, 10 composições originais da cantora, construídas na base de sensações, percepções, deixando as emoções à flor da pele, de forma a criar o thrill (arrepio) que dá nome ao disco. Esse frisson se deve também à combinação perfeita entre a base musical de piano, baixo, bateria e sax tenor e os estupendos arranjos de cordas de Vince Mendoza, que dão à obra um clímax quase cinematográfico, digno dos melhores trabalhos de Gordon Jenkins e Johnny Mandel.
Ao escutar My One and Only Thrill pela 1ª vez, reencontrei de imediato emoções que senti na descoberta de obras a meu ver tão essenciais quanto: Focus de Stan Getz ou Here’s To Life de Shirley Horn. Trata-se, de fato, de uma rara reunião de talentos que, ao se entregarem à mais delicada emoção, criaram um disco excepcional, daqueles que tomam imediatamente seu lugar no íntimo do ouvinte.
Quem quiser conhecer melhor a obra de Melody Gardot e ouvir faixas do novo disco pode acessar http://www.myspace.com/melody
ou o site da gravadora Verve:
http://www.vervemusicgroup.com/artist/releases/default.aspx?pid=12010&aid=7293
http://www.vervemusicgroup.com/artist/releases/default.aspx?pid=12010&aid=7293
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