sexta-feira, 13 de abril de 2012
on the other side of the mirror
Madonna lançou seu novo CD e, apesar de ótimas críticas, as vendas não são condizentes com a opinião da imprensa. Aí chegam comentários maldosos sobre a decadência da artista e até pessoas contabilizando on-line as vendas de ingressos da sua próxima turnê para provar que os estádios em que ela vai se produzir vão ficar "às moscas"... Aí penso que as coisas não são bem assim. Numa época em que a música mudou de configuração, em que a venda de discos não é mais um fator relevante, os artistas não estão mais vinculados a parametros de "paradas de sucessos", mas sim ao que as músicas que cantam representam na vivência ou no imaginário de quem estiver ouvindo e curtindo. Afinal, a Madonna chegou aos 53 anos e ela não pode querer competir com as "gostosonas" da hora, as Rihannas ou Katty Perrys atuais, que mexem com a testosterona dos adolescentes. Aí, ela faz o que sempre fez.. Um disco pop, ultra bem feito, enxuto e repleto de sucessos, porém totalmente sem despertador de testosterona para quem ainda tem que lidar com problemas de acne... Mas quem passou dessa fase vai se divertir com o som de uma das maiores ícones da música pop. Ou seja, assim como McCartney, U2 e outros ícones da uma geração (ou até duas) history repeats again, com ou sem Itune, Ipod e Ai quem me dera. Há um tempo para brotar e outro para colher. Com photoshop ou sem, quem não surfou na última onda se afolgou ou aprendeu a nadar? Tudo é questão de perspectiva.
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